Após exercer sua pedagogia entorpecente
de viciar as irmãzinhas em suas novelas, cauterizar os “irmãos
crentassos” no futebol do domingo a tarde e de uma forma geral,
apreender a atenção do “rebanho gospel” nas noitadas dos Big-Brother’s, a
Rede Globo presenteia a massa evangélica com uma programação específica
– “O Festival Promessas”. Ufa… Que bom! Agora a boiada crente não
precisará se desviar para as programações seculares da Globo, muito pelo
contrário, abandonará os programas perniciosos para tão somente se
voltar aos louvores cantados pelos representantes do “Gospel” nacional. –
Será?!
Para uma grande maioria de cristãos, a
presença dos “astros” do gospel na telinha global significou uma vitória
e um marco na história da música evangélica. – Eu não acho nada disso!!
Não pelo fato de se estar nela, mas pela forma e circunstâncias de como
isso está ocorrendo. Se antes de serem globais, o “brilho” desses
astros já extrapolaram o exclusivismo, estrelismo, e valor de mercado,
imaginem agora o quanto o passe desses abençoados serão valorizados?
Fico pensando… quanto custará um show do “Davi Sacer global” após o
Troféu Promessas? Ou, o quanto custará uma ministração da “Ana Paula
Valadão global”?
O que trago abaixo são algumas considerações vistas a partir do meu lugar social:
- A Globo não está interessadas em
divulgar o Evangelho de Cristo – seu núcleo é abalizado numa crença
mística entre espiritismo e ocultismo.
- Após perceber o crescimento
substancial dos fiéis da IURD, os quais (in)diretamente contribuem para
enriquecimento da emissora, logo cuidou de entrar nesse campo de disputa
onde o fator religioso passa a ser determinante para exercer o domínio
sobre as massas.
- Ao perceber que a população evangélica
já chega aos 15% do total no Brasil, tornou-se sensato montar uma
estrutura de consumo (programações, produtos, CDs, livros, shows, etc.)
para esse percentual. – Quem duvida que num futuro próximo não exista um
Big-brother só para crentes? (#PREMUNIÇÃO)
- A marca “Gospel” tem se mostrado
bastante rentável. Isso fez com que a Som Livre, rapidamente fechasse
contrato com algumas estrelas do segmento. Nesse pano de fundo, também
se comporta a disputa de gravadoras da Record x Globo.
- Essa situação gera desconforto no
sentido de que a Globo, uma vez que conectada a Som Livre, formatará
metas de venda e valorização dos seus produtos, agenciando sempre que
lhe interessar, a utilização dos seus parceiros de contrato em aparições
em programações diversas, manipulando-os e usufruindo-se do relativismo
religioso que tanto se adequa a diversidade religiosa das massas.
- Já os queridos astros, na desculpa de
que estão levando a Palavra a Nação, correrão sérios riscos como:
apresentar um Evangelho distorcido, adaptado, relativo(A exemplo do que aconteceu com ludmila ferber no programa do faustao),
cair na tentação de propostas comprometedoras, passar por vexames ,
situações indesejadas, ou tornarem-se até mesmo paparazzos de Gezui$ (…)
e por aí vai um tanto de possibilidades.
- Como a Globo se interessa somente por
uma música comercial estandardizada – basta notar os comerciais do
vários artistas do sertanejo universitário (mais do mesmo) – cuja
estrutura decorre de uma padronização, e ao mesmo tempo possuindo
detalhes que as diferenciem uma das outras, como um ritmo ou uma letra,
percebeu no gospel comercial essa capacidade de produção-consumo
padronizado e pretende levar a sério esse mercado.
- Canções do gospel são facilmente
identificáveis pelo ouvinte, não requerendo esforço ou atenção
concentrada no seu processo de escuta, excluído o esforço. Isto é, que
através do método da repetição, alojam no público as frases e refrões de
efeito, e num segundo momento, celebram o sucesso e legitimação dos
seus hits a exemplo do “entra na minha casa…”.
- Os talentos “globais do gospel” se
inserem nessa lógica de estandardização, e neste caso, a fórmula atual é
cantar sobre milagres e promessas, para isso já há o chavão comercial
que reforça as estratégias de mercado: “Você adora, a Som Livre toca”.
Fico pensando: quem está se aproveitando de quem? – Não dá pra ser tão
nonsense acreditando que a Globo foi tão comovida pelos mantras!
- Por último, em meio a toda essa
engrenagem que envolve mídia, gravadoras, audiência e lucro, existe o
desejo ínfimo destes artistas globais de (…) glorificarem a Deus.
Pra encerrar, quero deixar meus pêsames
aos queridos irmãos e grupos: Stênio Marcius, Jorge Camargo, Tiago
Vianna, João Alexandre, Crombie, Josué Rodrigues, Nelson Bomilcar, Baixo
e Voz, VPC, Grupos Logos, Carlinhos Veiga, Gladir Cabral, Gerson
Borges, Carol Gualberto… – Galera, não deu pra vocês dessa vez! Aliás,
quem são vocês mesmo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário